PRÁTICAS DE LINGUAGEM: GÊNEROS TEXTUAIS


Leia o fragmento a seguir:

É vivendo a vida com os textos, isto é, atuando e nos comunicando nos diferentes campos/esferas de atividade pelas quais circulamos em nosso cotidiano – em casa, no trabalho, estudando, informando-nos – que enunciamos e materializamos nossos textos orais, escritos e multimodais. Os gêneros do discurso nos servem nesses momentos, pois são as formas de dizer mais ou menos estáveis em nossa sociedade.

(ROJO, R; BARBOSA, J. P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros do discurso. São Paulo: Parábola, 2015, p. 86).

 

Acerca do fragmento e de seus estudos sobre gêneros do discurso e tipologias textuais, analise as afirmativas a seguir:

I - Para cada tipo de texto há um gênero específico.

II - Os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados.

III - A função sociocomunicativa pretendida é imprescindível para se definir o gênero discursivo.

IV - Como as necessidades sociocomunicativas da sociedade são infinitas, podemos dizer que os gêneros também o são.

 

Estão corretas as afirmativas:


II e III;


I, apenas.


II, III e IV


I e II;


III e IV;

Na escola, a prática de leitura na perspectiva discursiva deve permitir ao aluno se desenvolver como leitor capaz de interagir com o texto e se posicionar diante dele. Com base nisso, leia as afirmativas a seguir:

I) constatar o material lido a fim de compará-lo a outros para atribuir-lhe significados.

II) reconhecer que o texto bem-redigido é aquele portador de um sentido único.

III) considerar o gênero ao qual o texto pertence para identificar sua intenção.

IV) centrar a leitura nas informações que foram transmitidas pelo autor.

V) relacionar o texto a situações exteriores pode-se contradizer à correta interpretação.

Para que ocorra a leitura crítica, é CORRETO o que se afirmou em:


II e III, apenas.


I, III e V, apenas.


I, III e IV, apenas.


I e III, apenas.


I e IV, apenas.

A adequação linguística não se refere apenas ao uso gramaticalmente correto da língua, mas ao contexto em que as pessoas envolvidas estão inseridas. Assim, a linguagem deve ser adequada às situações sociocomunicativas. Considerando as diferenças entre a língua oral e a língua escrita, assinale a alternativa que representa uma inadequação da linguagem oral usada ao contexto.

 


Contexto - Um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que vai passando.

_   Ihh! Que coisa difícil! Coitado do motorista! Ele bateu e capotô, mas num deu pra vê direito o que aconteceu. Foi rápido demais.

 


Contexto - Um advogado se dirigindo ao promotor em um júri.

Já compreendi, vira o disco, promotor. Cê não acha que a galera já está cansada demais? Dá logo o seu parecer.

 


Contexto - Um jovem convidando uma amiga para sair.

_   E aí, menina! Como vai essa força? Tudo bem? E então? O que vai fazer no final de semana? Vamos dar uma saída. Tem um festão lá perto de casa. 

 


Contexto - Um professor universitário em sala de aula.

_  Devemos observar a realidade, corremos o risco de continuar aceitando tudo como está. Precisamos ser capazes de interferir na comunidade da qual participamos. Estudamos para isso.

 


Contexto - Um aluno pergunta durante uma aula expositiva.

_   Professora, professora? Será que pode repetir a explicação. Eu não entendi direito. Esses meninos aqui estão conversando demais. 

 

Fabri (2017) apresenta, no capítulo 4, do livro de apoio,  usos de sentidos e funções para palavra já. De acordo com a pesquisa da autora, na gramática normativa, tradicional, essa palavra tem o sentido de agora, neste momento e funciona como adjunto adverbial de tempo, por exemplo: “Ana chegou para a palestra.”, ou seja, chegou agora, neste momento, acabou de chegar.

Um outro sentido, verificado nas pesquisas e que não está registrado nas gramáticas é o emprego do item linguístico como conjunção de adversidade, com uso semelhante ao mas.  Vejamos o exemplo: “Carlos foi aprovado no concurso, (mas) Joaquim, irmão de Carlos,  não conseguiu sucesso.”

A seguir, há vários enunciados com o emprego da palavra já, identifique em um o emprego dessa unidade linguística com o sentido de adversidade, de contrajunção e não com o sentido de circunstância temporal.

Assinale a opção correta.


A mãe disse: - “Ricardo volte para o almoço.”


As chuvas da região sudeste têm contribuído para uma boa safra de soja, na região nordeste, a seca tem feito estragos na plantação de milho.


O eletricista, que foi chamado  para  resolver o problema da iluminação nas salas de aula, chegou.


A professora, preocupada com a ausência do aluno, começa a procurá-lo pela escola, de repente o encontra na biblioteca. Ela, aliviada diz: -“te procurei por todos os lugares.”


Eles chegaram atrasados para a palestra sobre Guimarães Rosa e saíram para encontrar com os colegas no bar.

Leia com atenção o que Travaglia afirma sobre estes tipos de gramaticas. Sabemos que há outros, mas priorizamos estes.

Gramática normativa/tradicional  estuda apenas os fatos da língua padrão, oficial, funciona como uma lei que regula o uso.

Gramática descritiva  descreve e registra, por meio de pesquisas,  uma determinada variedade de língua em um dado momento.

Gramática reflexiva é a gramática em explicitação. Representa as atividades de observação e reflexão sobre a língua. Ela está ligada às atividades linguísticas que o usuário faz ao buscar estabelecer uma interação comunicativa, construindo o seu texto de modo adequado à situação a aos objetivos da comunicação. (TRAVAGLIA, 1997).

A partir da exposição dos tipos de gramática, qual a análise feita a seguir enquadra-se na explicação da gramática reflexiva?

Assinale a alternativa correta.


- Nós vai participar dos evento da escola no próximo final de semana?

- Claro que sim.

Uso inadequado da concordância verbal e nominal.


“Marta comprou uma casinha no bairro Santa Marta. A casa só tem um quarto, uma sala, uma cozinha e um banheiro. Mas ela ficou satisfeita, pois, agora, não terá que pagar mais aluguel.”

O emprego da palavra casinha está no processo do  grau diminutivo, uma flexão  do substantivo casa, que indica casa pequena, moradia de extensão reduzida.


“A casa de Márcio fica muito distante da escola.”

O emprego do advérbio muito intensifica a palavra distante, reforçando a ideia de

afastamento.


“Eu ganhei um livrinho de presente de aniversário.  Aliás, um livrinho, pois a história é sem sentido e sem emoção.”

O sufixo inho de livrinho não indica gramaticalmente pequeno, mas discursivamente de qualidade duvidosa.


“E, aí, mano, vamos participar daquela parada lá na comunidade.”

Pesquisa feita pela universidade indica que 90% dos jovens da comunidade São Jerônimo se comunicam dessa forma.

Um dos assuntos abordados no capítulo 3, no livro de apoio,  trata da intertextualidade, que é um importante recurso de leitura, já que em todo texto  há a presença de outros textos, ou de forma explícita ou de forma implícita. Sabe-se que há diversas relações de intertextualidade, dentre elas, citamos: i) a intertextualidade estrutural como, por exemplo, poemas de amor que se estruturam como  receitas culinárias; ii) a intertextualidade temática, como um filme baseado em um romance, iii) a intertextualidade referencial, como uma citação de um texto em outro texto, dentre outras.

Assinale, a seguir, a alternativa que apresenta dois textos com a  intertextualidade estrutural.


Texto 1

China respondeu rapidamente nesta quarta-feira (4) aos planos do presidente norte-    americano Donald Trump de adotar tarifas sobre US$ 50 bilhões em bens chineses, retaliando com tarifas de 25% sobre importações dos Estados Unidos como soja, aviões, carros, carne, uísque e produtos químicos. https://g1.globo.com/economia/noticia

 

 

Texto 2

Alma minha gentil, que te partiste

tão cedo desta vida descontente,

repousa lá no Céu eternamente,

e viva eu cá na terra sempre triste.  (Estrofe de “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões)

 


Texto 1

  De tudo ao meu amor serei atento
  Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
  Que mesmo em face do maior encanto
  Dele se encante mais meu pensamento (1ª estrofe do Soneto de Fidelidade de Vínicius de Moraes)

 

Texto 2

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.

Em verdes pastagens me faz repousar
e me conduz a águas tranquilas;

restaura-me o vigor.
guia-me nas veredas da justiça. 

por amor do seu nome.( Salmo 23-Bíblia Sagrada)

 


1)

China respondeu rapidamente nesta quarta-feira (4) aos planos do presidente norte-americano Donald Trump de adotar tarifas sobre US$ 50 bilhões em bens chineses, retaliando com tarifas de 25% sobre importações dos Estados Unidos como soja, aviões, carros, carne, uísque e produtos químicos. https://g1.globo.com/economia/noticia

 

Texto 2

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.

Em verdes pastagens me faz repousar
e me conduz a águas tranquilas;

restaura-me o vigor.
guia-me nas veredas da justiça
por amor do seu nome.( Salmo 23-Bíblia Sagrada)

 


Texto 1

Neste capítulo foram apresentadas práticas de linguagem, por meio de textos visuais, verbo-visuais e verbais, concretizando as reflexões, a fim de contribuir para que o leitor/escritor se desloque de uma posição passiva diante do texto e, em um processo dinâmico, participe da construção de sentidos dos diferentes textos lidos, aliada à autonomia crítico-reflexiva.( FABRI, Kátia M. C., FREITAS, Faraídes, M. S., FREITAS, Henrique, C.. Práticas de Linguagem: Gêneros Discursivos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2017.)

Texto 2

O Senhor é o meu pastor; de nada terei falta.

Em verdes pastagens me faz repousar
e me conduz a águas tranquilas;

restaura-me o vigor.
guia-me nas veredas da justiça. 

por amor do seu nome.( Salmo 23-Bíblia Sagrada)

 

 


Texto 1

De tudo ao meu amor serei atento

  Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

  Que mesmo em face do maior encanto

  Dele se encante mais meu pensamento

Alma gentil,  que te partiste,   (1ª estrofe do Soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes)

 

Texto 2

Alma minha gentil, que te partiste

Tão cedo desta vida descontente,

Repousa la no céu eternamente,

E viva eu cá na terra sempre triste.(Estrofe de “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões)

 

 

 

 

 

 

A leitura na perspectiva discursiva orienta que essa prática deve considerar o texto como um objeto inserido em um contexto histórico-social. Assim sendo, leia o poema “O bicho”, de Manuel Bandeira, reproduzido a seguir.

O bicho

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio,

Catando comida entre os detritos.

 

Quando achava alguma coisa,

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão.

Não era um gato.

Não era um rato.

 

O bicho, meu Deus, era um homem.

 

Manuel Bandeira – Rio, 27 de dezembro de 1947.

BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

Considere os elementos textuais e extratextuais do poema anterior a fim de analisar as afirmativas a seguir. Em seguida, marque V, para as verdadeiras, e F, para as falsas.

(   ) O poema permanece atual por retratar problemas sociais ainda persistentes nos espaços urbanos brasileiros.

(   ) O poema deveria ser reconhecido como do gênero ‘minicrônica’ pela presença de elementos próprios do texto narrativo como tempo, espaço, personagem, narrador.

(   ) O poema possibilita a reflexão sobre o consumo irresponsável e desenfreado que provoca o desperdício.

(   ) O poema utiliza do recurso da gradação para retratar a perda da humanidade daqueles que vivem nas ruas.

Após sua análise, a sequência correta de V-F é:


V – F – V – F.    


V – F – F – V.


V – F – V – V.


F – F – V – V.


V – V – F – F.

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